Poesia Evangélica |
Dois poemas traduzidos por Isaac N. Salum Posted: 19 Dec 2016 03:14 AM PST Contato Interrompido Apenas um sorriso – o olhar de simpatia Que visse em teu semblante a velha acabrunhada Ter-lhe-ia dado alívio. E não custava nada! Seu coração gemia e era profunda a dor. Ela, porém, se foi, magoada e em agonia, Porque, quando a encontraste e viste, aquele dia, Estavas sem contato, irmão, com teu Senhor. Somente uma palavra, uma palavra breve – O Espírito dizia: "É hora!" E não o ouviste! Foi-se o trabalhador desanimado e triste!... Mostrar-lhe simpatia e fé, mostrar-lhe amor, E assim, reanimá-lo em tuas mãos esteve. Mas não pudeste ouvir aquela voz tão leve: Estavas sem contato, irmão, com teu Senhor. Apenas um recado, um rápido recado – Mensagem a um amigo em um país distante – O Espírito dizia: "Escreve!" E, nesse instante, Julgavas ter à frente ação de mais valor, E não te incomodaste! E foste descuidado!... Terias salvo uma alma em pecado! Mas não tinhas contato, irmão, com teu Senhor. Um cântico somente, um cântico singelo – Que o Espírito dizia: "Entoa nesta noite; Tua voz pertence ao Mestre: Ele a comprou." Mas foi-te Inútil a insistência. É que tiveste horror De vir falar do céu à turba em atropelo! Terias despertado corações de gelo!... Mas não tinhas contato, irmão, com teu Senhor. Somente um breve dia, um dia pequenino – Calculas bem, qual seja, irmão, a consequência, De um momento esbanjado, inútil, na existência, Das horas que empregaste em cousas sem valor?! "Permanecei em mim", diz o Senhor divino; Qualquer serviço é vão, terá fruto mofino, Se perdes o contato, irmão, com teu Senhor. A Cruz de Cristo Para viver entre nós, numa cama emprestada, Ele humilde nasceu E em jumento emprestado andou toda a estrada Da montanha à cidade e à cidade desceu Mas a cruz dolorosa E a coroa espinhosa Eram Suas, bem Suas: A ninguém as deveu! Tomou o pão dum menino e o peixinho emprestado E ambos abençoou: Fez o povo assentar-se em redor pelo prado: Foi o pão repartindo e a todos saciou. Mas a cruz dolorosa E a coroa espinhosa Eram Suas, bem Suas, De ninguém as tornou. Num barco emprestado, a vagar de mansinho, Ele pôs-se a ensinar. O pardal tem sua casa, a andorinha seu ninho… Para Ter Seu descanso, Ele nem teve lar! Mas a cruz dolorosa E a coroa espinhosa De ninguém foi tomar Eram Suas, bem Suas. A caminho da tumba, em salão emprestado, Um jantar celebrou. Foi em morto envolvido em lençol emprestado E em sepulcro emprestado, afinal repousou. Mas a cruz dolorosa E a coroa espinhosa Eram Suas, Bem Suas: De ninguém as tomou! Mas o berço entregou, Entregou o jumentinho, Devolveu casa e barco, E os tecidos de linho Ressurgindo, vazio o sepulcro deixou. Mas as vestes de luz E as marcas da cruz Essas eram bem Suas E consigo as levou! |
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