Poesia Evangélica |
Dois poemas de Vera Cristina Weissheimer Posted: 28 Mar 2020 01:00 AM PDT Ramakrishna Nimmaraju Que a tristeza se desfie em versos de poesia. Que a desesperança esperanceie. Que a dúvida seja impulso para o atrevimento de crer. Que a loucura necessária não seja temida. É preciso de sandice para atrever-se nas coisas da fé. Lá onde os absurdos fazem sentido, e, apesar de todos os pesares, que possamos sentir, de todos os nãos que possamos ouvir, de todos os contrários que possamos enfrentar e dos vazios em que podemos cair, que a fé, ainda assim, seja nossa força de vislumbrar possíveis nos impossíveis. Do livro Quando a Vida Dói (Ed. Sinodal) Eterna finitude Folha seca Que cai sem temer o vento que a leva Folha verde que resiste ao vento Vento forte que insiste Que dança em sua volta Vento fazendo ventania Folhas Pequenas, grandes Secas Até as verdes Quem sabe colhidas antes do tempo, Mas quem há de entender Haverá mesmo algum tempo certo? A hora certa? No outono ou primavera Em qualquer das estações As folhas são tomadas pelo vento Brisa ou tempestade Que dança E as tira de onde estiverem Do ipê ou da palma As folhas rodopiam E dançam no tempo da finitude Tempo de eternidade Blog da autora: http://veraweissheimer.blogspot.com/ |
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