Poesia Evangélica |
Posted: 29 Jun 2017 03:30 AM PDT É SÓ PARA OLHAR O CAMINHO Quanto tempo perdemos na noite Enquanto não brilha o sol, Se a noite se prolonga e cega, Como somos enganados! Deixamos o riso ir embora e Os olhos perderem o brilho. As mãos perdem as forças E os pés não veem o caminho. Por que fomos enganados E deixamos ir... os sonhos, Que antes eram tão visíveis. Mas nos cegaram no caminho Colocaram pedras, mudaram as placas, Facilitaram a viagem, Ofereceram alternativas, Mentiram com bocas de mel e olhos Mortos, mas aparentemente vívidos. É tempo de manter a esperança, Sorrir o riso mais bonito, Dar um passo mais largo, Olhar só para o caminho. Será que não ouvimos mais A voz daquele que falou: Vá! Você se esqueceu de que era verdade? Quem deu a ordem é Fiel e Ele só mandou ir. Não olhe para trás, Esqueça o passado, Quem garantiu pode tudo e Não precisa de sua ajuda. Pare de colecionar mortos e Cadáveres em abundância. Não é mais para velá-los, passou O tempo de abaixar os olhos. Esqueça o cheiro do passado, O caminho é verde. Há animais ferozes na estrada? Não é para olhar para eles. É só para olhar o caminho. Pare de brigar com as aves, Você vai perder sua colheita. Rizpa velou tempo demais seus mortos E esqueceu que ainda vivia. Como pôde suportar o cheiro, a decomposição, Até chegar aos ossos? A sua carne ainda vivia, os seus ossos estavam fortes, Mas os usou só para espantar aves, E esqueceu que ainda vivia. É tempo de vislumbrar a chegada, Cantar, ainda que sem harmonia Da vida, dos homens, dos tempos. Ouvir só a voz que mandou você ir. Ele vai à frente e Não se esqueceu de você. É só para mostrar o caminho que Ele saiu de perto, Da sua vista... não do seu coração. É só para espantar as feras, que Ele foi à frente. A cidade está perto, a Canaã já é vista, É só guardar a voz Daquele que mandou você ir. MATURIDADE O que fazer quando a velhice chega E o cansaço junto Chegam as rugas A ternura aumenta A ponto de ficar meio bobo E a ranzinzice Exaspera os mais novos Seja lá o que for Aumenta também O velho está mais fragilizado Não jovem Anda mais devagar precisa de mais carinho De saber que ainda é querido Se tem um igual Que tenha vivido junto até aqui São já parecidos Tantas coisas passaram... À noite, os pezinhos se encontram O calor dos corpos cobre o frio A temperatura do corpo alterada As mãozinhas entrelaçadas... Conseguiram vencer São um só Por isso se um parte O outro sente o pedaço Que foi embora sem aviso A cama está fria A falta é imensa Os netos são agora consolo Os filhos são amparo Os olhos estão mais sábios A língua medita a palavra A mente alcança o longe Que o jovem não alcançou Um dia ele parte também Mas, vai feliz Vai em paz Cumpriu a carreira Vai só descansar... MANSIDÃO Ser manso como um rio límpido Onde só pequenos peixes se movem Ser manso como a mulher anciã e sábia Experiente em sonhos e más realidades Que habitou em lugares inóspitos e áridos Mas não perdeu a fé Provou da quase miséria mas isso não lhe marcou os olhos Continuam doces e amorosos Soube de verdades ocultas de traições perversas e loucuras expostas Mas amou até ao fim do último suspiro Aquele que se reconciliou antes de partir Fruto de misericórdia do doador manso Como Abigail que, guardando a aliança ingrata, Preservou suas pequenas riquezas Alheia aos segredos de Deus e as suas recompensas Mansidão tão rara... criticada e desprezada mas que floresce no momento último No momento consciente... na pequena lucidez Muitos se foram e não deixaram saudades Mas, pelos mansos alguns choraram, mesmo ao longe Por esses que foram árvores frutíferas Com troncos fortes, galhos que se estenderam ao outro E produziram sombra Esses mansos que receberam promessas De Deus herdarão o Reino Verão a face do Rei Não foram seduzidos pelas Dalilas e Cleópatras Não se curvaram diante das ambições dos Césares Mas foram fontes de descanso em desertos Águas puras em terras áridas Colos eternos na ausência de mães Mensagens vivas de que o Pai do céu existe E de que são bem-aventurados os mansos Pois, não serão esquecidos e herdarão tesouros escondidos Curta a página da autora no Facebook: https://www.facebook.com/neilamariakoppe |
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