Poesia Evangélica |
O Cristo e sua Páscoa: 3 Poemas Posted: 13 Apr 2017 05:32 PM PDT Paixão Newton Messias Foste pendurado nu entre céu e terra como se ambos te condenassem ao degredo. Mas não: convulsionou-se aflita em baixo a terra e em cima o céu, em pleno dia, fez-se negro. Foste traído pelo amigo, aprisionado e bem alto, de abandono, se ouviu teu grito. Como se até mesmo por Deus abandonado morresse fora dos muros um ser maldito. Mas em segredo e longe dos olhos humanos (são sempre ocultos os milagres mais reais) o véu do templo se rasgava totalmente. Sinal que o Pai cumpria enfim antigos planos de perdão, reconciliação, gratuita paz: inaugurando um novo reino para sempre. O milagre da Páscoa Rosa Leme Seu amor divino ilumina nossos corações. A grande infâmia e as dores agudas O seu amor e o poder da sua paz. Da cruz serve para revelar Ele se esvaziou... Resplandeceu dos seus lábios. Ali pregado na rude cruz ele não exaltou. Só o amor e a graça Desse mundo árido, seco. Ele teve sede ofereceram o cálice amargo. Ele sentiu a aridez má, O terrível cálice da ira Foi transpassado pela afiada espada. Esgotou até a última gota Do amargo cálice Sobre o maldito madeiro da cruz. "Eloi, Eloi, Lamá sabactani..." Estou firme no glorioso caminho; O grito de angustia resume O fim do tormento das trevas. A morte está vencida. Tudo está consumado. No gozo do céu a coroa de amor Feliz páscoa para todos! Substituiu a coroa de espinho. A cruz vazia é a evidencia Que o milagre do amor Já foi concluído. DE TAL MANEIRA Julia Lemos O homem que amou o mundo de tal maneira não fez poesia. mas suas palavras incandesciam varavam portas e prorrompiam as paredes do coração O Mestre não era homem de poesia mas sua frases arremessavam-se tais torpedos acordando reis estarrecidos. Não era lírica a voz do homem que se apaixonou daquela forma pelo mundo. Falava dos lírios dizendo que se tivéssemos fé seriam assim nossos vestidos. Falava dos pardais para nos lembrar a nossa importância, Deus teria todo o cuidado se a Ele entregássemos nossos mais secretos fardos. Eram como versos brancos as suas palavras lisas e de pedras pontiagudas ferindo nosso amor de brilhantes, safiras, águas marinhas, turmalinas. E ungia-nos com óleo fresco e a água lustral que se davam aos deuses. Na noite já alta ele despedia amigos com os corações contentes e as mentes cheias de perguntas. Dobrava os joelhos. Lá no monte sua voz ecoava em remoinho pelo deserto: - Pai! Falava sobre os homens e suas palavras eram ouvidas a meio-tom por um Deus perplexo. |
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