Poesia Evangélica |
Três poemas de Alexandre Dantas Posted: 02 Nov 2016 08:56 AM PDT {Morte traiçoeira, quem a suportará?} Inunda os olhos... Embota os sentidos... Angustia o coração... Desfaz alegrias... Amargura a alma... Desvanece semblantes... Enterra planos... Sepulta sonhos... Leva queridos... Separa os amados... Entristece o ser... Destrói a vida... Estamos perdidos! Seremos levados!! Seremos traídos!!! ...em cada momento, a qualquer hora, não importa o dia, sem benevolência e sem esperança... Ah, que terrível! Morte que nos trai... Malquista que nos visita... Maldita que nos persegue... Quem a suportará? Quem? Quem? Quem? ... o forte... o nobre... o fraco... o pobre... o justo... o vil... o sábio... o néscio... todos tombam à sua presença... contra suas vontades são carregados em seus braços fúnebres seguindo seu caminho tenebroso... Quem a suportará? Quem a vencerá?? Quem a derrotará??? Ele, o Autor da Vida - JESUS CRISTO! ...A própria Vida (Jo 14.6) suportou, venceu, derrotou a Morte, matando-a em Sua própria morte na cruz! Ele, o Deus Vivo, a Vida de Deus, morreu como homem mortal! Livrou-me da morte infernal! Conduziu-me à vida eternal! Deu-me Prazer sem igual! Agraciou-me com Ele o Amor Real! "Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte? Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor." Romanos 7:24-25 "Eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente. Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a Sua Vida pelas ovelhas." João 10:10-11 "Cristo morreu uma só vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus" 1 Pedro 3:18 "Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo." 1 Coríntios 15:54-57 CANÇÃO DO CORDEIRO PASCAL Da ceia aos céus, da páscoa à presença de Deus Senhor humilde Servo sofredor Salvador grande Na penúltima ceia de amor Pés lavados Pão partido Vinho partilhado Um corpo santo será ferido Um sangue puro será derramado Era noite de Páscoa E um jantar entre amigos celebrado A despedida fraterna ecoa O inimigo era apontado Uma canção final Jardim de lágrimas "Livra-Me do mal", assim Ele orava Em Sua angústia infernal Suor em sangue derramava Pois Sua missão mortal Para Ele se aproximava Noite escura Sentimento aterrador Legião de soldados Beijo traidor Prisão sem motivo Tribunal difamador Negação do amigo Injúrias, surras e dor Ele passava em Sua humilhação Em um julgamento opressor Na madrugada de solidão Já era sexta da paixão E o povo blasfemador O trocavam por um ladrão Interrogado pelo governador Era caluniado por Sua nação Chicoteado como ofensor Mudo Ele esteve Como ovelha entregue ao matador Lavadas foram as mãos à causa do Mestre amado Nenhuma falta ou erro Não foi Nele encontrado E entre gritos e o clamor: "Seja Ele crucificado!" O reputavam como um pobre pecador E nem sabiam eles que ali estava o Seu Senhor O Rei dos reis, Reis dos judeus O próprio Deus e Salvador! Mas, Sua missão Ele seguiria Nossa transgressão Ele a tomaria Caminhando pelas ruas Ninguém O defendia Em escárnios, com espinhos O coroaram As filhas de Jerusalém de longe por Ele choravam E nem sabiam elas que por si mesmas pranteavam Todos olhavam Aquele homem sofrido Carregando Seu pesado madeiro E um estranho era constrangido A ajudar o zombado cordeiro Para juntos levarem a maldita cruz E até ao calvário a levou meu Jesus No lugar da morte Cravos em Suas mãos e pés se pregou Neste sofrimento, na cruz hasteado Seis horas Ele ficou Ferido, cuspido e abandonado Seu perdão nos foi dado E por nós pecadores ao Pai rogou Entre a terra e o céu levantado Justiça e misericórdia Deus ali manifestou Em meio às trevas o tempo fechado Clamando em alta voz pelo Seu rebanho amado Orava ao Pai, de Sua presença afastado, Cristo bradava: "Está consumado!" Tudo está pago!! Tudo está pago!!! E o Filho solitário, despido, transpassado da cruz se inclinou, suspirou, Sua vida entregou... Tu és nossa Páscoa, que da morte à vida conduz, Graças a Ti Jesus. Obrigado meu Jesus Pelo madeiro ensanguentado Por Sua graciosa cruz No Seu sangue pagar meu pecado E me trazeres à luz Pelo véu que foi rasgado. Glória a Ti Senhor Pelo instrumento de horror Que para nós se tornou A maior prova de amor A um povo não merecedor De Teu imenso e inefável favor Obrigado meu Senhor Obrigado Salvador meu Agradeço-Te por Tua irresistível Graça Por teres me comprado para ser Teu Graças por Tua indizível dor Por Teu Espírito consolador Por Teu indescritível amor Obrigado por me escolher e amar Obrigado pelo Teu sofrer e de mim me salvar Agradeço-Te pela vitória No madeiro amaldiçoado Graças te dou, pelo Teu morrer Em meu lugar, por teres vencido o diabo, o mundo e o pecado. Agradeço-Te pela conquista no sepulcro vazio Por ressuscitares e aos céus ter sido elevado Obrigado por intercederes por mim e estar com o Pai ao Teu lado Por teres conquistado a morte, por tê-la matado em Sua morte. Deste-me vida para Te servir, Te amar e eternamente exaltá-Lo! Graças te dou, meu amável pastor, pelo Espírito enviado, em meu coração habitado, pois Tu és meu eterno Dono e eu, eterno devedor do Teu amor elevado!! Em breve serei, à Tua presença levado, e pelo Teu Espírito, Oh Deus amado, estará para sempre em meus lábios este louvor, somente a Ti meu SENHOR, somente a Ti Cordeiro Salvador!!! POEMA {Eu o matei} Ele foi vendido e traído pela minha mesquinhez e ganância Ele foi preso por causa da minha liberdade libertina Ele foi caluniado e difamado pela minha mentira Ele foi esbofeteado e surrado por minha transgressão Ele foi chicoteado e ferido por minha iniquidade Ele foi coroado de espinhos porque busquei a coroa da fama e glória para mim Ele foi cuspido na face pelo meu orgulho Ele sofreu muitas dores porque eu só almejava conforto e paz Ele foi trocado por um bandido por causa de minha ira e insensatez Ele carregou uma pesada cruz por causa do meu egoísmo Ele foi até o calvário porque desejei seguir meus próprios caminhos Ele foi humilhado pela minha soberba Ele foi odiado por causa do meu amor egocêntrico Ele foi perfurado nas mãos e pés pelos meus desejos carnais Ele foi escarnecido e zombado pela minha maldade Ele foi transpassado pelo meu pecado Ele foi abandonado porque eu queria tudo e todos, menos a Ele Ele entregou a Sua vida porque a minha eu não a queria entregar Ele foi morto porque preferi viver minha própria vida, do meu jeito, à minha maneira Eu o matei... não porque eu tivesse poder suficiente para fazê-lo, mas porque Ele – voluntaria e graciosamente – morreu em meu lugar. Morreu por minha causa. Morreu a morte que eu deveria sofrer. Tudo isso Ele fez sem eu merecer; e eu ainda achando que o meu Eu merece algo Dele. O que tenho a oferecer-Lhe por tudo o que Ele passou por mim? Delitos, afrontas, desobediência, malignidade, infidelidade, incredulidade, arrogância, altivez, hipocrisia, falsidade, malícia, lascívia, caráter diabólico, ações imundas, atitudes desagradáveis, pensamentos sujos, palavras torpes, coração endurecido, corpo inútil, alma entenebrecida e um espírito sem vida... Isso é o que tenho, o que faço e o que sou – pecado, pecado e pecado... Mas Ele olhou-me, se deu por mim, me amou! Ele tomou a minha vida imprestável e me entregou a Sua vida de obediência, justiça e retidão, para que eu vivesse de verdade, e na verdade, feliz e alegremente ao Seu lado. Ele amou-me sem medida para que eu deixasse de amar a mim mesmo e passasse a amar Aquele que é infinitamente amoroso e irresistivelmente amável. Compreendemos o que Ele fez na cruz? Não, não entendemos o que Ele fez por quem Ele é. Muitos chamam Seu ato de amor sacrificial de loucura, e é verdade também; descobri na realidade que o que Ele fez chama-se GRAÇA. Alexandre Dantas colabora no Jornal O Nacional, da Igreja Batista Nacional em Areia Branca - RN. Você pode ler as edições do jornal gratuitamente aqui: https://pt.scribd.com/collections/3897954/Jornal-O-Nacional |
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