Poesia Evangélica |
Três poemas de Edna das Dores de Oliveira Coimbra Posted: 30 Aug 2018 02:49 PM PDT As vozes que eu ouço São duas as vozes que eu ouço E ambas são bem atuantes Uma é amável e elegante A outra, autoritária e arrogante. As vozes que falam comigo Relutam pelo meu abrigo Uma quer trabalho e leitura A outra, prazer e aventura. Uma me chama pelo meu nome A outra, sequer me chama, manda-me! Uma me orienta que eu busque equilíbrio na paz A outra me instiga a ser mordaz. Uma tem sentimento de perdão A outra, grande mágoa no coração. Uma é dinâmica e altruísta A outra, infrutífera e egoísta. Uma me traz à memória, as minhas esperanças A outra me recorda meus dias de lama. Uma me deixa em situação de conforto A outra, em atuação de confronto. Uma canta lindas melodias de amor A outra recita sua cartilha de terror. Uma esquece as afrontas facilmente A outra guarda todas diligentemente. Uma não mede esforços Em me conduzir à casa do Pai A outra não desiste de bloquear meu caminhar. Uma me diz que eu preciso me consagrar mais A outra diz que é bobagem, bom mesmo é aproveitar. Uma me fala de versículos bíblicos A outra, de um passado triste. Uma me leva a louvar A outra, a amaldiçoar. Quando desagrado à primeira Ela me admoesta com firmeza Quando não obedeço à segunda Ela me trata com desprezo. Estando neste dilema Corro em busca de uma solução Que traga tranquilidade Para o meu caótico coração Então abro o Evangelho E medito na Palavra de Cristo E nela encontro conselho E plena certeza De que com Ele estou livre. Bendito seja Deus Pelo sol que aquece Pela chuva que refresca Pelo fruto da terra E pelo arco-íris suspenso na atmosfera Bendito seja Deus Pela lua que ilumina o viajante Pelo brilho das estrelas que direcionam o itinerante Pelas árvores que dão sombra E pelo bordão que dá abrigo Bendito seja Deus Pelas mãos que abençoam o necessitado Pelo abraço que conforta o angustiado Pelo sorriso que contagia o exasperado E pelos conselhos dos sábios Bendito seja Deus Pelas palavras que levantam o caído Pelas orações que libertam o cativo Pelo jejum que salva o oprimido E pelos joelhos que se dobram a Cristo Bendito seja Deus Pelas ondas que se delimitam na praia Pelas lágrimas que purificam a alma Pela euforia de nascer e louvar ao Criador E pelo júbilo de morrer e me apresentar ao Senhor Bendito seja Deus Refúgio Quando pressinto que ele Aproxima-se de mim Corro em busca dos meus discos, Meus filmes, Meus livros. Mas ele é implacável, atroz, desumano, Arrancando de mim todo o interesse Em ouvir, assistir, ler. Então elevo os meus pensamentos Ao Senhor, Meu refúgio e fortaleza, Porque sei que é Dele Que me virá o socorro. Sua Palavra me conforta E o seu amor me acalenta. E quando percebo Já estou limpando os estragos Que o furacão deixou. |
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