Poesia Evangélica |
Três poemas de Valdomiro Pires de Oliveira Posted: 29 Jul 2017 02:21 PM PDT SUBLIME PASTOR O Senhor é o meu pastor ainda com a despensa vazia, com a previdência doentia e a noite dizendo na janela: está longe o novo dia! O Senhor é o meu pastor ainda quando as florestas viram uma queimada só e as águas de descanso uma impureza que faz dó. O Senhor é o meu pastor ainda quando pelo vale das usinas nucleares uma sirene estridente anuncia dias intranqüilos. O Senhor é o meu pastor ainda quando a injustiça corre palácios e tribunais, condena pobres e trabalhadores e inocenta poderosos e marginais. O Senhor é o meu Pastor ainda quando a mesa farta e o lucro sem precedente são para os nossos bancos, para as multinacionais, não para a nossa gente. O Senhor é o meu Pastor e a sua misericórdia me seguirá em todas as idades, pelas catástrofes naturais e pelos perigos nas cidades. O Senhor é o meu sublime pastor!... Testemunho Eu ando tão só! Perdido que nem sei! Alguém ainda me ama? Os bons amigos se foram e esqueceram de voltar... Sinto vontade de ir embora, mas pergunto: pra onde? Que rumo tomar na vida? Pelos caminhos machuquei pessoas, mas nenhuma vez feri alguém por querer. Quando se trata do coração não dou conta: faço coisas boas que encantam, mas também erro, sofro e faço sofrer... Acho até que algumas pessoas já se cansaram de me perdoar... Tem hora que sinto vontade de sentar na calçada e chorar, chorar, chorar até amanhecer, depois andar, andar até me perder. Cachorro sem dono expiando seus erros, pagando suas contas e perguntando: mereço recomeçar? Espero que alguém ainda me veja, com os olhos de antes, e saia a me procurar. É mais provável que alguém que já foi tão perdido quanto eu me acolha e me diga, com firmeza, o que devo fazer. Hoje só uma coisa me serve de conforto: saber que Deus ama os perdidos. Lava Senhor Senhor, lava os meus pés: precipitei alguns passos, pisei quem não merecia, andei por caminhos errados, parei quando devia ter continuado, deixei os meus pés me levarem para o pecado. Senhor, lava as minhas mãos: toquei o que não devia, fiz gestos que ofenderam, feri quem já estava machucado, perdi de tecer coisas do teu agrado, deixei minhas mãos acariciarem o pecado. Senhor, lava a minha boca: Ofendi com palavras e palavrões, contei o que era segredo, expus as fraquezas alheias, falei quando devia ter me calado, deixei minha boca me chafurdar no pecado. Senhor, lava o meu coração: nele guardei coisas do mal cultivei raiva do meu irmão, paixão pelo que é errado, dei espaço às ervas daninhas, e nunca aceitei que estava enganado. Senhor, olha as minhas necessidades! e faça das minhas mãos, dos meus pés, da minha boca e do meu coração, órgãos úteis ao teu Reino. Abençoados!... E que eu viva para o teu louvor, para abençoar e ser abençoado!... Leia mais poemas no site do Pastor Valdomiro: http://valdomiropires.com.br/poesias/ |
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